Considerada uma arquitetura ‘de paredes transparentes,
luminosas e coloridas’, a arquitetura gótica considera o vitral um importante
elemento, pois cria uma atmosfera mística que deveria sugerir, na visão do povo
medieval, as visões do Paraíso, a sensação de purificação.
Os raios solares são filtrados pelos vitrais e rosáceas,
criando no interior da estrutura gótica, um ambiente iluminado e colorido e
também, transmitindo aos fiéis religiosos uma sensação de êxtase. Os vitrais
apresentavam simples formas geométricas ou mesmo imagens de santos ou passagens
bíblicas. Para obter-se um vitral na época, era necessário que um artesão
realizasse um processo de coloração da peça de vidro. Durante este processo, o
vidro cru era misturado a outros componentes químicos que determinavam a
respectiva tonalidade, durante a fase de derretimento. Este processo mantinha o
vidro com um tom de cor sem que bloqueasse os raios solares. Após este
procedimento o vidro era aquecido e moldado.
Assim como os vitrais, as rosáceas visam estabelecer um ambiente
iluminado no interior das estruturas góticas, porém possuem algumas
características diferentes. Estão localizadas, geralmente, em um local alto nos
estabelecimentos eclesiásticos, geralmente em regiões próximas ao portal das
fachada principal a Oeste ou mesmo no transepto, em pelo menos um de seus
extremos. Assim como a arquitetura gótica no geral possui uma relação com a
religiosidade, as rosáceas fazem alusão à personagens cristãos como Jesus
Cristo (que é representado pelo sol) e Maria (representada pela rosa).
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